Voltamos, enxutos! E eu ainda não sei por que continuo lendo isso…
Bem, como alguém tem que fazer o trabalho sujo, aqui estou eu para resenhar Dark Nights: Metal #02.
E só posso dizer que as coisas ficaram ainda mais… confusas!
Bem, como foi mostrado na última edição, existe um Multiverso Sombrio, onde todas as versões existentes do UDC estão fadadas a destruição, mundos de desesperança e tragédia. Por algum motivo, um ser chamado Barbatos, quer usar o Batman como “portal” para adentrar no atual Universo DC, trazendo consigo muito caos e muita escuridão.

A história começa com a Liga perseguindo o Batman por todo o globo, pois, além de ter fugido com o único fragmento de metal Nth, ele também está com alguma coisa muito perigosa e que pode piorar ainda mais a situação.
Depois de enganar a Liga, com várias versões de si mesmo (na verdade, o Batsquad usando camuflagens holográficas para imitarem o Morcego), somos levados ao paradeiro de Kendra Saunders, que busca ajuda de um conselho formado pelos Imortais, as personalidades mais antigas do Universo DC (mais velhas que a gorda da sua mãe!), e que são representados por Vandall Savage. O consenso geral é de que o multiverso sombrio precisa ser destruído e a arma perfeita para isso é o cérebro astral do Anti-Monitor, que deve ser disparado no centro do Multiverso, na Pedra da Eternidade (aquela mesma do Shazam).
No meio da conversa, Ra’s al Ghul (que se auto intitula como o “mais novo” entre eles) diz que a obstinação do Detetive não tem limites e que, nesse instante, ele deve estar procurando uma maneira de deter Barbatos. Kendra diz que a única maneira dele fazer isso seria “retornar para onde tudo começou” e faz uma cara de assustada.
Corta para o Bátima! Nesse momento, ele está no Egito, procurando uma tumba em particular, quando é encontrado pelo Azulão e pela Maravilhosa. Apelando para os anos de amizade, eles querem conversar com o Morcego e entender o que ele está fazendo. Nesse momento, ele mostra o que tinha na mochila o tempo todo…
A porra de um bebê! Mais sinistro, do que colocar um recém-nascido em uma mochila, é o fato desse bebê ser também DARKSEID, revertido para essa forma por sua filha Grail, no fim da sofrível saga Darkseid Wars, onde ele, Darkseid, enfrentou o Anti-Monitor e foi morto pelo Flash (possuído pela entidade Corredor Negro).

Batman explica que já se perdeu no tempo (lá atrás, nas séries Crise Final e R.I.P.), graças à Sanção Ômega, e pretende usá-la novamente para encontrar Barbatos e matá-lo com a maça do Gavião Negro. Diana diz que isso é loucura e que, mesmo que ele tenha êxito, será apagado da existência.
Bruce diz que por isso confiou sua família e cidade aos seus amigos. Nessa hora Kendra avisa pelos comunicadores que aquele lugar não era o que Bruce estava procurando. Ele deveria fazer o ritual na tumba do príncipe Khufu (a primeira encarnação de Karter Hall), mas na verdade eles estão na tumba de Hath Seth, inimigo eterno de Karter, e que eles caíram em uma armadilha.
Mal a mensagem é ouvida, a Mulher Maravilha e o Superman são envolvidos em energias negativas, que os derrubam. Ao mesmo tempo, o Batman é preso por um mecanismo e fica incapaz de se mover.
Eis que surge a cúpula do Conselho das Corujas, dizendo que tudo que estava acontecendo foi colocado em ação desde o princípio dos tempos, quando eles traíram a Tribo dos Pássaros, se aliaram a entidade Barbatos e que finalmente seu mestre poderia entrar naquele universo, através do último elemento necessário, o Batmaniun, que, em essência, é o próprio Batman!
O ritual se inicia, um portal se abre e…
Isso mesmo. Um bando de Jason Todd’s Robins zumbis canibais saem de um portal e devoram os corujas. Diana pergunta para onde Bruce foi parar e a resposta que ela ouve é essa:

Superman e Mulher-Maravilha dizem que irão derrotá-lo, que já derrotaram monstros e deuses antes, mas Barbatos responde: “Apenas porque eu deixei…”
E assim acaba a edição dois.
Gente… não sei como explicar isso. É uma colcha de retalhos muito confusa, onde (Scott) Snyder tenta brincar de (Grant) Morrison, pegando histórias do Reboot e da antiga cronologia, tudo para narrar essa saga de tragédia, em que o Batman deixa de ser um cara traumatizado, vestido de morcego, e vira um personagem de alguma mitologia, predestinado e amaldiçoado. Tudo em Dark Nights é ruim, é clichê, tenta ser grandioso, mas não é.
E esses batmen malignos? Eu li Red Death e vi a prévia de Murder Machine. Não é justificável, nem ao menos interessante. É como se alguém tivesse visto Hellraiser e tivesse pensado “Hmmm… como faço para colocar o Batman nisso?”
Sério, passem longe! O roteiro dá nó na cabeça e a arte do Greg Capullo continua muito aquém do que ele fazia.
Nota: 3 de 10.
E vou ali!