Gal Gadot me tira o fôlego!
E a Warner-DC aproveitou a CCXP – que contou com a presença de Gal Gadot e da diretora Patti Jenkins – para lançar o trailer de sua nova produção, Mulher-Maravilha 1984 (Wonder Woman 1984, 2020). Como é a Gadot e ela nunca é demais, vejamos o teaser:
https://www.youtube.com/watch?v=uPCGH7jYCj8
E agora o trailer:
Informações dão conta de que a história será centrada numa estranha “pedra dos desejos” que está nas mãos de Maxwell Lord (Pedro Pascal). Ele usa esta pedra para atender o desejo das pessoas, mas cada vontade realizada tem um preço e aumenta os poderes da própria pedra e de seu portador, o que deixa Lord interessado em instalar um satélite ao redor da terra para ampliar o alcance da gema. Diana será uma das pessoas que sucumbirá à tentação, desejando que Steve Trevor (Chris Pine) retorne à vida, sacrificando no processo uma parte considerável de seus poderes, inclusive a habilidade de voar. Outra pessoa que terá seu sonho realizado por um preço exorbitante é Bárbara Minerva (Kristen Wiig), uma mulher solitária que parece ter uma fixação na Mulher-Maravilha e termina se tornando a Mulher Leopardo.

Sessões teste realizadas nos EUA dividiram opiniões, com muitas pessoas reclamando do ritmo e dos efeitos, principalmente no tocante à vilã. A trama em si e o possível desfecho também deixaram parte do público insatisfeito. Como o filme só virá a público em junho próximo, ainda deverá sofrer alguns ajustes até lá.

Particularmente, eu não entendo a necessidade de fazer um filme focado nos anos 80 (a não ser, claro, uma estratégia de surfar na onda saudosista que gerou fenômenos como a série da Netflix, Stranger Things). O final sem graça, por sinal, é justificado justamente porque o filme está nos anos 80 e a Mulher Maravilha em Liga da Justiça (Justice League, 2017), que se passa nos nossos dias, diz ao Batman (Ben Affleck) que desde a Primeira Guerra ela se escondeu da humanidade, ainda que vivendo no meio dela.

Agora, pra mim, o pior é ver mais uma vez o personagem de Steve Trevor. É o relacionamento dos quadrinhos que eu sempre vi como inexplicável, insatisfatório e desproporcional. Sempre que ele volta para a cronologia como par romântico de Diana, eu a vejo perdendo brilho e não foi diferente neste trailer. É complicado ver a princesa de uma raça de guerreiras, pessoas que estão, em tese, mais do que acostumadas ao sacrifício e à tragédia que a guerra sempre traz, ficar toda hora boboca e tristonha por causa de um mortal sem absolutamente nada de especial, a não ser uma personalidade (nas hqs) que alterna entre uma falsa arrogância e uma clara sensação de inferioridade. Aqui, parece estar mais para fazer uma inversão da piada do filme anterior, em que ele apresenta o “mundo dos homens” para ela: agora, ela é que irá apresentá-lo ao “mundo moderno”.

No mais, Gal Gadot continua impressionante como a Mulher-Maravilha. Tanto visual como em essência, ela me cativa cada vez mais no papel. Definitivamente, a israelense mais do que compensa suas limitações dramáticas com uma paixão que falta (e muito) em outros atores que trabalharam para a Warner-DC nos últimos anos.
